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Passeio nota dez seguindo o caminho das pontes até o Forte, um dos povoados mais antigos da região.

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Saída Granja do Torto

Saímos do café da manhã na granja do torto por uma rota de fuga que vai até a descida do Colorado. Piso de asfalto velho alternando para chão batido. Teve até uma laminha num local mais fechado de árvores. Próximo ao asfalto, a estrada havia sido tomada pelas obras de duplicação da DF-003. Havia a opção de seguir até o balão do torto e retornar, ou continuar por dentro da obra até o balão do colorado. Ficamos com esta última! 😎

Depois desse esquenta, seguimos por asfalto até Formosa onde todas as motos abasteceram. Eu ainda precisei levar 2l de gasolina na mochila! ⛽️

De Formosa ao Itiquira são 30 km de asfalto, mas a estrada é bem agradável e antes do trevo onde começa a estrada de terra, já se avista a imponente queda d'água de 186 m.

Aqui o povo parou para conferir a calibragem dos pneus. Hamilton estava com 34 lb na Té 250! 😱

Presidente Costa puxou o bonde e o presidente Túlio ficou de vassoura. Depois de pouco tempo rodando, resolvi conferir se todos tinham largado (esses pontos de parada são ótimos para deixar alguém para trás...). Eu sabia que Wagner, Costa e Alexandre estavam na frente. Hamilton e Ely próximos. Só não havia sinal do Ítalo e Túlio. Falei com os dois que estavam comigo para esperarmos. Logo apareceu o Ítalo. Ele disse que o Tulim estava vindo. Aceleramos. Um pouco mais à frente paramos mais uma vez. Passado algum tempo, chega o Ítalo rodando em baixa velocidade e olhando pelo retrovisor. Ele disse: "É. Acho que o Túlio não está vindo!"

Falei para as duas Té voltarem (eles têm tanque de 16l) enquanto eu e a XT660 esperaríamos num boteco próximo. 😅

No boteco, um senhor nos contou que um rapaz de moto havia caído e que outros seguiram em sua ajuda. Perguntamos a distância e ele respondeu: "aqui pertinho. Coisa de 1 km". Era um pouco mais. Fato é que seguimos ao encontro do nosso querido presidente. Por sorte era apenas um pneu furado que o Túlio com toda a sua habilidade já tinha reparado. Retomamos o passeio e mais pra frente encontramos os outros três voltando. Tropa reunida, seguimos sem maiores problemas.

Em certo ponto eu parei para colocar os 2l de gasolina que estavam na mochila dentro de uma garrafa pet. Logo à frente o presidente Wagner estava parado catando as tralhas que caíram da bolsa que ele carregava na moto. A bolsa se soltou, pegou na roda da moto e ficou destruída.

Passamos por um grupo de ciclistas. Um rapaz numa Té250 fazia o apoio junto com um carro. Alguns colegas ganharam até umas cervejas da equipe. Aqui, o presidente Alexandre havia parado porque seu pneu dianteiro estava vazio. Utilizamos spray recuperador que funcionou por algum tempo. O spray recomenda que o veículo seja posto em movimento imediatamente e lá se foi o presidente acelerando.

O caminho das pontes segue sempre para o Norte eb não fosse a segunda barragem do rio Paranã, não haveria mudança de direção. Esse ponto em que é necessário contornar a barragem fica poucos metros antes de um boteco. Lá a turma parou na dúvida se seguia direto pro almoço no Forte ou parava para tomar cerveja aqui. Detalhe: o presidente Alexandre que seguiu na frente era o único que faltava. Neste impasse, o Túlio perguntou: "alguém foi ali no boteco ver se o presidente está lá?". Resposta: "Não!". O povo então seguiu 50 m até o lugar e o presidente Alexandre já estava com uma latinha na mão! 🍺

Abrimos as latinhas e a sessão "Ai dos Ausentes" para falar de quem havia faltado. Mesmo porque um caminhão guincho estacionado no local nos lembrou de um amigo... Logo chegaram os primeiros ciclistas. Por baixo da camisa personalizada para o evento, eles usavam fantasia de Borat! Achamos por bem sair e liberar o local para os atletas que chegavam para almoçar.

Daqui pra frente a estrada estava até melhor. A niveladora passou há pouco tempo tirando o grosso do pó, mas essa areia fina em cima do chão batido também assusta os barrigas-verdes!

Por todo o caminho, no entanto, haviam as famigeradas pontes de tábuas longitudinais e com partes faltando. Em muitas havia a opção de desviar e passar por dentro do córrego, sendo que a maioria deles estavam secos. Em outras, parecia um jogo de tetris em que você precisava selecionar as tábuas que se encaixavam para chegar até o final! Próximo ao povoado do Forte eu observei uma terceira modalidade de ponte: as pontes enterradas. É que havia muita areia sobre elas e ficava difícil identificar que eram pontes.

Numa dessas travessias de córrego seco, os presidentes Ely e Ítalo deixaram as motos tombar. O presidente Carlos Ely tem histórico de ser solidário com os amigos! Na volta passamos por cima da ponte.

Faltando 10 km pra vila, o pneu do Alexandre esvaziou novamente e o Túlio procedeu à troca da câmara de ar.

No Forte, almoçamos e eu comprei 4l de gasolina vendidas em garrafas pet a R$ 6,00 o litro. Presidente Carlos Ely e Alexandre, de XT660, também colocaram 2l cada.

Pegamos o caminho de volta e cruzamos com os ciclistas que vão pernoitar na vila e continuar para para Alto Paraíso no dia seguinte. Próximo da segunda barragem, tomamos o rumo da Serra Morro do Chapéu que sobe para São João da Aliança. A serra tem um visual incrível do vale do Paranã. No entanto, é bem travada com pedras salientes e algumas poacas. Em uma delas o presidente Hamilton comprou um terreno já quase no final da subida.

Os quilômetros finais de estrada de terra foram de frente pro sol poente e a visibilidade era mínima. A aba do capacete ajuda bastante nessa hora, mas o sol estava tão baixo que apenas uma faixa ficava visível. Somado à poeira, era um tudo grande brilho dourado! O sol se pôs quando faltavam 50 m para o asfalto...

Seguimos até São João da Aliança, onde abastecemos. Foram 150 km até Brasília. Estava uma noite bastante agradável com trânsito leve na rodovia. Todos chegaram bem e já animados para o próximo passeio!

Abraços, Linhares

Forte-GO, 21 de maio de 2016. Editado em outubro de 2019.