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Serra da Canastra no carnaval

Passeio top no Parque Nacional da Serra da Canastra a partir da cidade de São Roque de Minas. Este passeio foi idealizado pelo Alexandre que esteve na região com seu veículo 4×4 no mês de dezembro. Ele voltou já com a programação montada para o feriado de carnaval. Não achei muito bom ir na época de chuva, mas a data era boa e fui o primeiro a colocar o nome na lista! Ao final, formou-se um grupo de cinco participantes, número bom para uma viagem off road.

Fiquei monitorando a previsão do tempo durante estes dois meses. As fortes chuvas causaram problemas em várias regiões do país, em especial no estado de Minas Gerais. Imaginei que até o carnaval haveria uma boa diminuição e foi o que indicavam as previsões dias antes do feriado.

Sexta-feira

No primeiro dia, 25 de fevereiro, Alexandre e Costa saíram de Brasília por volta das seis horas da manhã com destino a São Roque de Minas. Pegaram trechos com chuva na estrada. Eles nos avisaram que o trecho da BR-040 para Patos de Minas estava esburacado. A parte final de terra após Bambuí ficou bem complicada por conta da lama e o presidente Costa acabou adquirindo um lote!

Sábado

Marcamos nossa saída para as sete horas, pois eu e Júlio tivemos compromissos no dia anterior à noite. O colega Helder, que iria percorre um roteiro bastante parecido até Piumhi – MG, se juntou ao bonde enquanto Elmar aguardava no trevo de Luziânia. Saímos um pouco atrasados. Em compensação pegamos trânsito bom para um começo de feriado prolongado.

Combinamos de deixar o Helder pagar o pedágio de todos já que ele tinha bolsa-tanque na moto. No entanto, é preciso passar uma motocicleta por vez na cancela. Na terceira praça de pedágio eu entendi que poderíamos avançar todos juntos. Resultado: a cancela desceu em cima de mim! Tentei me livrar, mas a situação piorou porque a cancela sai da posição quando acerta alguma coisa. Ao final, parecia que eu estava lutando com um “João bobo” e levando a pior!

Entramos em direção a Patos de Minas e pegamos o trecho com buracos. No entanto, sem chuva, foi bem tranquilo de desviar. Senti um incômodo na cabeça e fiquei com medo de ter me machucado na luta com a cancela do pedágio, mas era apenas a costura da balaclava de ciclista que eu estava vestindo.

Em Presidente Olegário houve queda de barreira por conta dos temporais recentes. Pegamos o desvio que passa por cima de um morro íngreme sendo a subida por asfalto e descida em estrada de terra. O visual é bem interessante!

Paramos no Agnaldo das Pamonhas na saída de Patos de Minas. Helder resolveu continuar sozinho na parte da tarde para acelerar um pouco mais. Depois ficamos sabendo que ele teve um pneu furado em sua GS 1200, mas conseguiu resolver em tempo adequado utilizando kit de reparo tubeless até chegar ao borracheiro. Nossa viagem também seguiu bem tranquila. Apenas na serra da BR-354, depois do trecho curto na BR-262, havia alguns pontos de queda de barreira com passagem para um só carro.

Parada pra foto próximo à cachoeira Casca D’Anta

Paramos na cidade de Bambuí e eu não consegui fazer o roteamento por estrada de chão no aplicativo Magic Earth, pois ele sempre mandava pelo asfalto dando a volta por Piumhi. Isto no celular que eu utilizo de GPS no suporte do guidão. No meu celular “de bolso” eu calculei pelo aplicativo OsmAnd (que mais tarde eu instalei no outro celular) e anotei um ponto intermediário para jogar no telefone “GPS”. Este ponto ficava bem próximo de onde acabam os 20 km de asfalto e começam os 40 km finais por estradas de terra conforme eu já tinha olhado no google maps.

Atravessamos a cidade e seguimos na rodovia LMG-827 acompanhando a rota no celular. Só que eu passei do ponto marcado e o aplicativo começou a rotear para fazermos meia volta. Isso me confundiu um pouco e rodei mais alguns km na direção errada. Quando paramos para conferir, resolvi utilizar o roteamento no modo “bicicleta” apesar do receio de que ele nos jogasse em alguma trilha. Observei que a nova rota cortava para o caminho desejado por um atalho com acesso mais próximo. Fiquei na dúvida e tinha decidido voltar pelo asfalto, quando passou uma Parati branca. Perguntamos ao motorista se ali dava acesso a São Roque. Ele, sem parar o carro, respondeu que sim e que deveríamos segui-lo!

Montamos rapidamente na moto e fomos atrás do nosso guia. A estrada começou boa, mas ao chegar na lateral de uma plantação vimos que estava detonada das chuvas. Parecia que ainda tinha barro, mas o nosso guia fez uma guinada em direção à lavoura e passou por uma parte mais alta e seca. Fomos atrás dele! Chegando na estrada principal, o piso estava bem seco e com bastante poeira. O carro do guia se afastou, mas não me preocupei porque o caminho estava de acordo com o a rota no celular.

Chegamos numa encruzilhada com muitas ruas e o mapa parecia não bater com a realidade. Perguntamos a um carro e o rapaz nos indicou seguir até a comunidade Alto Café e perguntar novamente. Depois passou um trator e pedimos novas informações. O rapaz nos disse que ali também chegava em São Roque, mas sugeriu voltarmos um pouco e pegar a estrada principal. Conferi o aplicativo Osmand no celular “de bolso” e vi que ele indicava esse caminho também. Fizemos meia volta e pegamos a estrada principal. Observei que uma placa bastante apagada, que eu não tinha lido direito na ida, indicava o caminho correto na última linha de três lugares com pequenas setas ao lado.

Daqui para frente não tivemos mais empecilhos e seguimos a estrada, bastante cênica, até a São Roque. O percurso está no wikiloc do Júlio. Enquanto isso, os dois colegas que já estavam na cidade visitaram a parte alta do parque e passaram a tarde no complexo de cachoeiras chamado de Capão Forro.

Domingo

A tropa, enfim reunida, partiu e direção à cachoeira Casca D’Anta. O caminho passa pelos vilarejos de Vargem Bonita e São José do Barreiro, onde almoçamos na volta. A estrada estava com certo movimento de veículos e bastante poeira. Não tivemos dificuldades para chegar no Parque Nacional, onde fizemos a trilha e tomamos banho de cachoeira.

Segunda

O roteiro planejado para este dia era uma grande volta de 150 km passando pela cachoeira do Quilombo, pousada da Vanda e Serra Branca. No entanto, ao entrarmos na estrada de terra, Alexandre percebeu que havia algo de errado com a suspensão da moto. De fato, o amortecedor já não mais funcionava e a mola fazia com que a motocicleta balançasse feito uma sanfona! Ficou inviável seguir e decidimos abortar a programação do dia.

Costa se dispôs a nos levar na parte alta do parque, onde ele e Alexandre haviam estado no sábado. Achamos uma ótima ideia, já que eu, Júlio e Elmar havíamos perdido esse passeio! Subimos a serra, visitamos a nascente do rio São Francisco e chegamos até o curral de pedra, construído pelos escravos. Na volta, paramos na fábrica de queijo que fica no sopé da serra.

Voltamos para a cidade para tomar banho e almoçar. Como ainda sobrava tempo, resolvemos começar o caminho de volta para casa no mesmo dia. Almoçamos no restaurante Velho Chico e nos preparamos novamente para andar de moto. Elmar e Costa resolveram voltar pelo mesmo caminho, ou seja, com 40 km de terra no início e passando pelas rodovias BR-354 e BR-040. Eles seguiram direto até Brasília onde chegaram por volta das 23 h!

Eu, Júlio e Alexandre seguimos por asfalto passando pelas cidades de Piumhi, Capitólio e Franca. Este roteiro à margem do lago de Furnas é bastante agradável. Anoiteceu e seguimos por estradas secundárias que, embora em boas condições de piso, não possuíam elementos refletivos. Ao passar além de um balão, foi preciso fazer um “retorno” pelo meio do canavial com piso arenoso e voltar ao caminho correto! A rota do GPS funcionou muito bem, mas ainda assim confirmamos com os moradores de uma pequena cidade que eu suponho ser Jeriquara- SP. Alcançamos a rodovia Anhanguera e seguimos até Uberaba, onde pernoitamos.

Terça-feira

Este dia foi apenas de deslocamento pelas rodovias BR-050 e 040 em velocidade bem tranquila por conta da Ténéré com a suspensão avariada. Chegamos em Brasília por volta das 15 h da tarde.

Fiz uma edição rápida das imagens, em estilo de clipe musical, no vídeo do youtube. E que venham as próximas aventuras!

Abraços, Linhares

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