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VianOFF 3

Tradicional passeio do Clube XT600 para Vianópolis! Mais uma vez fomos recebidos com muito carinho pela família do Wlisses, vulgo Perdidão. Seu tio Ribamar é motociclista das antigas e curte muito se reunir com a turma! A sua tia não fez por menos e preparou toda a comida do almoço, janta e café da manhã do outro dia! Este ano tivemos participantes que foram direto por asfalto e agilizaram a parte do churrasco e bebidas. As duas primeiras edições aconteceram em 2015 e 2019 (vide relato da primeira).

A turma do OFF se reuniu na padaria Doce Pão do bairro Jardim Botânico. Presidente Wil foi lá justificar a falta por conta do pé torcido e ainda botou pilha para começarmos direto no offroad! Eu havia decidido esticar por asfalto para ganhar tempo já que não haveria parada para almoço. Então, seguimos o roteiro feito no recon de agosto até a GO-521 e dali tocamos para a BR-040. Em Luziânia, mais dois colegas se juntaram ao grupo que ficou em nove motos no total. Partimos rumo ao povoado de Americano e continuamos para o sul até alcançar o bar da linha férrea.

O trecho, como havíamos conferido anteriormente, estava com pista boa mas muita poeira! O piloto Josafá seguia na frente e não parou no boteco. Eu que vinha em segundo, e era o único com GPS, imaginei que ele não demoraria a fazer meia volta. Só que nada do homem aparecer… Eu resolvi seguir um pouco à frente para ver se identificava o rastro da F800, mas fiquei na dúvida logo na primeiras bifurcações. Voltei para o boteco e peguei a senha do wifi para fazer contato. Mandei algumas mensagens e vi que o whatsApp marcou algumas como entregue!

Rio São Bartolomeu poucos km antes de encontrar com o rio Corumbá

Nesse meio tempo Elmar trabalhava na XT600 do presidente Rigne. O piloto Mauro da CRF1100L também aproveitou para fazer ajustes na corrente. Já o sobrinho do Wlisses, Rafael, observou que sua Fazer 250 estava com vazamento no retentor de bengala esquerdo. Ele pensou em abandonar o passeio, mas foi encorajado pelos demais a continuar pois o problema não era tão grave. Quando chegávamos a 50 min de pausa, o Josafá apareceu! Ele contou que já tinha atravessado a ponte, ido até o povoado de Maniratuba e voltado! Pensa num caboclo veloz!

Seguimos para o rio Corumbá onde fizemos uma breve parada para banho. Algumas famílias estavam acampadas no local. Não há infraestrutura, mas a quantidade de árvores fornece sombra e água não falta! Aliás, a correnteza é bem mais forte do que parece à primeira vista! Nesta época de seca o rio corre tranquilo por sob a ponte ferroviária.

O grande perigo da ponte é a inexistência de uma proteção lateral, mas sua largura é até razoável. Eu quis seguir de forma mais cautelosa pelo meio dos trilhos. Havia até um pouco de areia colocado na entrada da ponte de modo a facilitar o acesso de moto ou bicicleta. Depois os batentes de madeira atrapalham um pouco, mas a suspensão da moto dá conta do recado. Uma parte da turma me acompanhou e outra seguiu o Josafá que passou ao lado do trilho onde havia apenas brita.
Acontece que após concluir a travessia, eu ainda estava no meio da linha férrea e não havia nenhum “facilitador” para pular os trilhos. Inclusive pensei em descer da moto, mas resolvi arriscar. Consegui passar a roda da frente, mas a de trás não foi e a moto pendeu para o lado de fora, o lado que eu não conseguia alcançar o chão. Resultado: terreno comprado!

Foi curioso que na minha cabeça o tombo teve três momentos: primeiro tentei segurar a moto, depois desisti e por final eu estava me segurando nela para não sair embora rolando! Os amigos ajudaram a levantar a bruta e nós seguimos em frente. Nem eu nem a CRF1000L tivemos nenhum problema com o tombo, mas confesso que fiquei desanimado por alguns minutos.

AT down!

Na sequência fomos explorar uma trilha de bike que segue acompanhando a linha férrea próxima ao leito do rio. Na imagem de satélite ela parece chegar até Pires do Rio, mas eu já havia lido relatos no wikiloc de que alguns pontos forma bloqueados por cercas de fazenda. Na prática a trilha estava muito fechada! Passamos por duas porteiras que não estavam trancadas e o mato tomou conta da trilha. Eu me abaixava para me proteger atrás da bolha da moto. Num determinado ponto galhos caídos bloqueavam a passagem.

Fui conferir no GPS e vi que havíamos percorridos poucos quilômetros e não seria viável continuar, mas estávamos a menos de 1.000 m de um túnel ferroviário que eu tinha muita curiosidade de conhecer! Esse túnel eu descobri por acaso no google maps dias antes do passeio! Mais especificamente a opção de exibir fotos do Maps tinha uma única fotografia de duas bicicletas em frente ao túnel. E no mapa do OpenStreetMap os dois trechos do túnel ferroviário estavam marcados de forma precisa!

Wlisses caminhou um pouco na trilha e viu que ele melhorava mais à frente. Então os colegas Alan e Mauro puxaram os galhos e nós avançamos. Pegamos uma subida íngreme e, conferindo no GPS, pude perceber que estávamos passando por cima do túnel! Descemos do outro lado, estacionamos as motos e fomos tirar fotos neste lado que já era a saída do túnel. Fiquei satisfeito e impressionado com o tamanho da construção que parece bem maior ao vivo do que na foto.

Novamente pensei em voltar, mas desta vez era o resto da turma que estava esperançosa de encontrar à frente um caminho melhor que o já percorrido. Fucei um pouco o mapa e descobri uma estrada que saía da trilha cerca de 3 km adiante. Fiquei bastante animado, mas logo chegamos num córrego e não teve jeito de atravessar pois o barranco era muito alto! Fizemos meia-volta e seguimos sem muito problema pelo mesmo caminho. Apenas a parte que passa em cima do túnel deu um pouco de trabalho para subir, mas no resto foi bem tranquilo. Incrível como a volta sempre é mais rápida!

Próximo à ponte tomamos o rumo de Maniratuba onde foi possível abastecer as motos e os pilotos. Inclusive já teve gente ligando para casa e contando sobre as aventuras! Interessante como a vida no interior parece não mudar muito. Mesmo contando com wi-fi a distração dos presentes se dividia entre a roda de truco e a mesa de sinuca!

Turma recarregando as energias no povoado de Maniratuba

Josafá e Mauro pegaram o rumo de Brasília. Elmar guiou o resto da turma até o asfalto num ponto que fica equidistante de Vianópolis e Luziânia. Rigne que estava preocupado com as falhas da moto resolvou ir embora pra casa com seu filho André. Chegamos em Vianópolis e nos juntamos ao Hamilton, Murilo, Júlio, Isaac e Gabriel.

O percurso pode ser conferido no relive do Rigne. Eu editei dois vídeos sobre o passeio. Um no vimeo com apenas 1 minuto e outro no Youtube de 4 minutos e pouco. Economizei a bateria da gopro até chegar na parte mais interessante e deu muito certo: gravei meu próprio tombo na linha do trem!

E que venham as próximas aventuras!

Participantes

OFFROAD:
Wlisses – XT600
Rafael – Fazer 250
Linhares – AT 1000
Elmar – CB500XL
Alan – Hima 411
Josafá – F800
Rigne – XT600
André – Tornado
Mauro – AT 1100

ONROAD:
Murilo – GS 1200
Isaac e Gabriel – F850 ADV
Hamilton – Té660
Júlio – AT1000

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