Esta viagem recebeu o título de “Devagar e Sempre MG e SP” no fórum do Clube XT e “Devagar e Sempre de moto por SP, MG e RJ” no site dos Mochileiros.com.
Foi uma das poucas oportunidades em que eu me programei com antecedência e criei um tópico oficial no fórum. Pena que a galera já estava acessando pouco o Clube. Por isso resolvi repostar no fórum dos mochileiros ao final da viagem. No XT eu fui postando ao longo do caminho através do aplicativo tapatalk. O relato ficou bem completo e com muitas fotos, que à época era a parte mais interessante. Hoje o foco está no vídeo e o texto fica de complemento.
A viagem começou no dia 13 de fevereiro. Wil me acompanhou até Araguari onde pernoitamos num hotel bom e barato que fica colado num hotel ruim e muito barato! No dia seguinte exploramos a região próximo à cidade de Cascalho Rico. Um dia desses eu descobri que a origem da cidade remonta a um aldeamento de indígenas da época do Brasil colônia. Próximo de Monte Carmelo, Wil tomou o rumo de casa e eu continuei para o sul. Dormi em Uberaba.
No dia 15 atravessei para o estado de São Paulo. Passei por lavouras, encontrei uma igreja antiga em Ituverava, visitei o museu municipal de Franca e peguei a rodovia Rio Negro e Solimões para Batatais. No fim do dia resolvi sair um pouco do caminho só pra pernoitar em Ribeirão Preto.
Dia 16 a chuva apareceu. Passei por antigas estações de trem. Peguei piso escorregadio num trecho identificado com placas do caminho da fé, mas que eu entendi depois tratar-se de um acesso para o caminho principal. Aliás, neste trecho eu fiz um detour seguindo uma via “terciária” do mapa que estava só o barro! Fiz meia-volta após encontrar um carro abandonado no meio do lamaçal… Em São João da Boa Vista, após me instalar no hotel, eu deixei cair a carteira no meio da rua! Mais tarde ela foi encontrada.
O dia 17 foi o mais punk! Entrei de verdade no caminho da fé passando por subidas e descidas íngremes. Tirei foto de duas senhoras peregrinas. Fui convidado a participar de um “trilhão” por um motociclista local. Conheci a famosa Ouro Fino da música Menino da Porteira. Dormi em Pouso Alegre.
No dia 18 passei por Itamonte e atravessei a serra para o estado do Rio de Janeiro. Explorei a região de Quatis e dormi em Volta Redonda. No dia seguinte voltei para essa região próxima a Conservatória que tem muitas estradas de terra. Da cidade da seresta eu fui até Pentagna e peguei o asfalto para Valença onde a moto ficou no estaleiro. Em março voltei para buscá-la.
Na volta subi a serra de Santa Rita de Jacutinga. Próximo a Andrelândia peguei uma estrada de terra que me pareceu mais vazia do que o esperado. Logo à frente vi o motivo: uma ponte estava caída e havia passagem apenas para motos. Em seguida passei ao lado de uma floresta de eucaliptos muito bonita, mas um tanto quanto sombria… O movimento de veículos recomeçou e eu alcancei o asfalto! Pernoitei em Lavras e Patos de Minas, antes de chegar em casa no domingo dia 27 de março de 2016.
Editei o texto dos dois relatos postados à época e copiei aqui para o site.